UMN estudo sobre o seu papel na mitigação e gestão das alterações climáticas no Sudoeste de Angola.
O estudo intitulado "O Papel da Universidade Mandume Ya Ndemufayo na mitigação e gestão das alterações climáticas no sudoeste de Angola" foi apresentado na Sessão II - Gestão e Sustentabilidade, do XXXIV Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa que decorre na Universidade Zambeze - Moçambique, pelo Prof. Doutor, José Carlos de Lima, Director do Instituto Politécnico de Ondjiva. A sessão foi presidida pelo Magnífico Reitor da UMN, Prof. Doutor, Sebastião António.
O estudo incidiu sobre os desafios climáticos que o sudoeste de Angola enfrenta, como as secas severas, cheias e degradação ambiental, devido a exploração inadequada dos recursos. O mesmo evidencia o papel essencial das universidades em geral e da UMN em particular na resposta a esses desafios, sendo a UMN detentora da Cátedra da UNESCO em Humanidades e Sustentabilidade.
O Papel da Universidade Mandume Ya Ndemufayo na mitigação e gestão das alterações climáticas no sudoeste de Angola teve como objectivo principal destacar o papel da Universidade Mandume Ya Ndemufayo na mitigação e gestão dos efeitos das alterações climáticas no Sudoeste de Angola. Em termos de metodologia O mesmo apresenta uma abordagem qualitativa, descritiva, interpretando informações e dados oficiais sobre a estiagem e enchentes cíclicas no sudoeste de Angola, bem como, dos resultados das actividades de investigação e de extensão universitária, desenvolvidas pela UMN.
Da apresentação feita foi possível observar que os principais resultados mostram o desenvolvimento de acções de mitigação e de gestão dos efeitos das alterações climáticas por meio de pesquisas científicas e a realização de projectos socioambientais como: o projecto de preservação dos ecossistemas na província do Cunene para o desenvolvimento sustentável, o estudo locai sobre solos, desertificação e mudanças climáticas na região, o projecto UVANDJE para produção de mudas florestais nativas e reflorestamento no Lubango e Caconda.
Além destas, destaca-se também a celebração de acordos com diferentes Instituições de Ensino e Investigação nacionais e internacionais para fortalecimento da investigação científica sobre alterações climáticas, nesse sentido a UMN participa em redes de investigação climática regionais, e tem em curso nos seus programas de formação pós- graduada o Mestrado em Biodiversidade, Genética e Conservação, em parceria com Universidade do Porto. Em termos dos sursos de graduação, procedeu a inclusão de temáticas relacionadas com o clima e as alterações climáticas nas disciplinas afins dos cursos de licenciatura, promove a acções de formação contínua, por meio de palestras e workshops ambientais nas comunidades, incentiva práticas agrícolas sustentáveis através de escolas de campo, realiza palestras nas escolas e nas comunidades locais sobre os cuidados a ter com o ambiente, e promove mesas redondas e debates com a difusão massiva em rádio e redes sociais sobre as principais causas de alterações climáticas.
Em termos de impactos e desafios o estudo identificou a necessidade de se levarem a cabo campanhas de reflorestação, a formação de especialistas e desenvolvimento de pesquisa aplicada; Desafios ligados ao financiamento, a continuidade dos projectos e ao engajamento das comunidades locais; E identificou oportunidades de expansão do ensino técnico-ambiental.
Autores do Estudo: Francisco Cambanda, Sebastião António, José Lima e Gerdina Serafim.
MBDGC - ESTUDANTES REALIZAM AULAS PRÁTICAS SOBRE COLECTA E PREPARAÇÃO DE ESPÉCIMES
Estudantes do Mestrado em Biodiversidade Genética e Conservação, na frequência do módulo de Gestão de Coleções Biológicas de História Natural, realizaram uma Aula Prática de Campo na Tundavala que incidiu sobre colecta e preparação de espécimes para as colecções biológicas e de história natural, num contributo dos estudantes para o museu.
O módulo de Gestão de Coleções Biológicas de História Natural do MBGC foi ministrado pelo Professor Luís Ceríaco, é pesquisador auxiliar no CIBIO-INBIO e na Associação Biopolis, onde atua como pesquisador principal do grupo de pesquisa NATHIST – História Natural, Coleções e Taxonomia. Curador‑chefe do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto. Nos últimos dez anos, tem‑se dedicado ao estudo dos anfíbios e répteis africanos, tendo descrito mais de duas dezenas de espécies novas para a ciência. Tem orientado alunos de mestrado e doutoramento em Portugal e Angola, e é editor associado das revistas científicas internacionais African Journal of Herpetology e Herpetological Review. Nos últimos anos, tem liderado várias missões de campo em Angola e São Tomé e Príncipe. Foi recentemente distinguido com uma bolsa de Explorador da National Geographic Society (2020) É também curador convidado das coleções herpetológicas do Museu Nacional de História Natural e da Ciência da Universidade de Lisboa, pesquisador associado e professor visitante do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil) e pesquisador associado da Seção de Anfíbios e Répteis do Museu Carnegie de História Natural (Pittsburgh, EUA). As suas principais linhas de pesquisa se concentram em zoologia de vertebrados africanos, taxonomia integrativa, aspectos teóricos e práticos de taxonomia e nomenclatura, herpetologia geral, gestão de coleções de história natural e pesquisa baseada em espécimes e história da ciência. Lançou emSetembro de 2022, na UMN, o livro intitulado: “Serpentes Venenosas de Angola - Guia de Identificação e Primeiros Socorros” em coautoria com Mariana Pimentel Marques.