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Reitor da UMN apela ao reforço da formação de quadros na área de Gestão da Biodiversidade

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Falando na Conferência sobre Conservação, Investigação e Formação, realizada em Luanda, em alusão as comemorações dos trinta anos da Fundação Kissama, o Reitor da UMN, Sebastião António falou sobre o papel do ensino superior na formação no domínio da conservação e gestão da biodiversidade.

Numa elocução que incidiu sobre o trabalho que a Universidade Mandume Ya Ndemufayo tem levado a cabo na área da gestão da biodiversidade, o Reitor da UMN falou das actividades que a instituição que dirige tem desenvolvido no concernente a formação de jovens que no futuro irão actuar na área de Gestão da Biodiversidade. Resumidamente, destacou o papel estratégico que as Instituições de Ensino Superior (IES) desempenham na formação de quadros, como uma questão política e de segurança nacional, chamando a atenção para o facto de que, citamos, “nenhum país se ter desenvolvido sem formar os seus próprios quadros”.

“A responsabilidade da formação de quadros transcende as IES envolvendo, a título de exemplo, Fundações e Associações que participam activamente na formação do capital humano, com a diferença que as IES o fazem por via da oferta formativa e as outras instituições por via de financiamento às IES, por via da participação em projectos de investigação científica e em projectos de desenvolvimento tecnológico, e ainda, por via da criação de redes que integram IES e outras organizações, por via da produção e da difusão do conhecimento científico, da ciência da tecnologia e da inovação, por programas de extensão ou ainda por meio da cooperação” disse o académico, que enfatizou que a materialização destas acções só é possível se o ambiente político, social e tecnológico for favorável.

O Reitor da UMN destacou que a instituição tem dado continuidade ao projecto iniciado pelo então Reitor, Orlando Manuel José Fernandes da Mata, focado na procura de soluções para os problemas que afectam a Região Sul do país, principalmente àqueles ligados às irregularidades das quedas pluviométricas que ciclicamente afectam a região que é potencialmente agropecuária.

Deu a conhecer a criação pela UMN da Cátedra da UNESCO em Humanidades e Sustentabilidade, um projecto de sucesso que é uma plataforma de investigação científica e de formação, informação e comunicação, que estuda questões que envolvem a cultura dos povos da região, sua antropologia, biologia e biodiversidade para buscar aspectos ligados a resiliência humana em função dos eventos cíclicos e estremos que ali ocorrem. Neste sentido, disse o reitor, “a cátedra procura congregar e agregar pessoas que trabalham nestas áreas, para em conjunto buscar soluções para a mitigação dos efeitos produzidos pelas alterações climáticas e criar as condições para o desenvolvimento sustentável da região onde a UMN está inserida como IES Pública”. Disse ainda o académico que, “hoje a UMN é das poucas Universidades públicas que tem a sua própria Cátedra, com a especificidade de ser uma Cátedra que não resulta da associação com outra universidade, mas que é detida apenas pela UMN com total aprovação e apoio da UNESCO, instituição que tem facilitado a abertura de muitas portas”.

O quarto Reitor da UMN, primeiro eleito para um mandato de cinco anos (2022 – 2025), mostrou-se preocupado com a pouca formação nos níveis de graduação e pós graduação existente no país no domínio das Ciências Naturais, tendo destacado o enorme potencial e a dimensão d e angola.

Na sua elocução o Reitor da UMN falou também do contributo que a UMN começou a dar para a formação de quadros com o arranque em 2024/2025 do Mestrado em Biodiversidade, Genética e Conservação em associação com o CIBIO da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, uma parceria estratégica única e singular no país, acreditado pela Agencia Reguladora Portuguesa e pelo INAREES, criado exactamente para desenvolver, nos futuros mestrandos, competências nos domínios da biodiversidade e sua importância, assim como na respectiva valorização, análise de factores de distribuição da diversidade biológica e modelação ecológica, aplicação de metodologias relacionadas com a gestão e conservação da biodiversidade entre outros.

A UMN projecta uma licenciatura e um doutoramento, além do mestrado já em curso, disse Sebastião António, que concluiu apelando para que todos olhem para as questões ligadas a biodiversidade, genética e conservação no país com mais atenção, destacando a importâncias das IES e das associações na continuidade do alargamento da oferta formativa, e na crescente necessidade do reforço em financiamentos para as instituições que já participam destes processos.

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